Entrevista com Maria Helena Pinto de Souza, aniversariante de dezembro

Aposentada desde 1999, Maria Helena Pinto de Souza, aniversariante do dia 9 de dezembro, exerceu a função de analista de informática no Serpro, filial Rio de Janeiro.

Para ela, a participação em atividades de diversas áreas, como lazer, cultura, esportes, e inclusive profissional é um recomeço de outra etapa da vida e a responsável por estarmos vivendo mais tempo.  "Participando mais dessas áreas nos dá mais vontade de nos sentirmos mais úteis, e nos sentindo mais úteis conseguimos nos sentir felizes, alegres e, por conseguinte, com mais saúde, o que faz com que vivamos muito mais".

Que opções você vislumbra para terceira idade atualmente, nas diversas áreas (profissional, de lazer, cultural, serviço voluntário, esportes etc)?
A terceira idade hoje em dia está conseguindo viver muito mais, o que lhe dá a oportunidade de atuar em todas as áreas citadas. Até na profissional, que talvez fosse a mais difícil prá retornar. É claro que isso tudo é um recomeço de uma outra etapa da vida, mas é a responsável por estarmos hoje vivendo mais tempo.  Tudo isso torna-se um círculo vicioso: participando mais dessas áreas nos dá mais vontade de nos sentirmos mais úteis, e nos sentindo mais úteis conseguimos nos sentir felizes, alegres e, por conseguinte, com mais saúde, o que faz com que vivamos muito mais.

O que você gostaria que fosse considerado/tratado/incluído como política pública para a terceira idade?
Talvez a área profissional seja ainda a mais difícil hoje pra conseguirmos retornar. Esta é a área que gostaria que fosse mais considerada  dentro da política pública pois além de ser difícil conseguir a remuneração não traduz a qualificação de uma pessoa de terceira idade que queira retornar trazendo toda a sua experiência adquirida anos a fio.  Gostaria também que seja pensado o valor que temos que pagar pra frequentar outras áreas e que sejam mais condizentes com o salário de uma pessoa de terceira idade, uma vez que o aposentado tem a sua remuneração cada vez mais desvalorizada.  

Gostaria de dar alguma sugestão para se levar a vida com mais qualidade?
Acho que temos a nossa disposição uma série de coisas que nos dão mais qualidade de vida. O problema é só o valor que temos que pagar e que está fora de nosso alcance.

Está satisfeita com o fundo de pensão?
Afora o valor alto que pago pra previdência, e a preocupação do que vai acontecer por pertencer ao PS-1, o resto me satisfaz plenamente.  

E com a atuação da Aspas? O que sugere para melhorar nossa atuação e a abrangência do atendimento?
Estou satisfeita com a ASPAS, mas sugiro que qualquer processo que seja aberto para reivindicar algo para nós seja feito para todos e que não   necessite que cada um entre com a sua própria petição.