=> Apesar de decisão judicial definitiva garantindo direitos, após longo processo, perspectiva de calote traz sofrimento a quem não tem mais tempo para esperar
Vinicius Mendes
BBC News Brasil
Quando José Luís Guerretta viu, pela televisão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chamar os pagamentos de precatórios do governo federal para 2022 de "meteoros", começou a rever os planos da família para o ano que vem.
Era final de julho e, exatamente um mês antes, ele havia recebido a decisão favorável de um processo judicial que se arrastava desde 1989 - que exigia que a União lhe pagasse cerca de R$ 220 mil dentro do próximo orçamento.
Então, em agosto, enquanto a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/2021 - chamada de PEC dos Precatórios - chegava à Câmara, e o mesmo Guedes dizia que "Brasília iria parar" se o projeto não fosse aprovado, Guerretta já estava pouco esperançoso em receber o dinheiro.
Antes mesmo de o plenário do Senado aprovar o texto-base da PEC, em 2/12, com o corte parcial dos precatórios das despesas federais de 2022, para financiar o programa social Auxílio Brasil, Guerretta apenas sustenta aquele pessimismo inicial. "Provavelmente vou tomar um calote", lamenta.
O texto da PEC ainda depende de uma segunda aprovação na Câmara dos Deputados.
Leia mais aqui.
13/12/21
=> O custo de administração cobrado pelos bancos é quase 5 vezes maior do que o praticado pelas entidades fechadas
Por José Ricardo Sasseron
Ex-presidente da Anapar
17/11/2021
O Relatório Gerencial de Previdência Complementar do 4º bimestre de 2021, publicado há poucos dias pelo Ministério do Trabalho e Previdência, é o primeiro que divulga as taxas de administração e a rentabilidade dos ativos das entidades fechadas e das entidades abertas de previdência complementar, os dois subsistemas que, teoricamente, administram a aposentadoria adicional ao INSS de milhões de brasileiros. O comparativo confirma os abusos que vimos mostrando há tempos. Os planos de previdência privada vendidos a milhões de clientes nas agências bancárias são altamente lucrativos para os bancos e nem de longe são alternativa para a aposentadoria dos trabalhadores, de seus filhos e netos.
O Relatório mostra que os bancos cobram uma taxa de administração média de 1,3% ao ano para administrar os VGBL e PGBL de 13 milhões de clientes, a chamada previdência aberta. O patrimônio acumulado por estes planos é de R$ 1,11 trilhão, o que significa que, para gerir este patrimônio, em 2021 os bancos vão subtrair R$ 14 bilhões, mais R$ 14 bilhões em 2022, outros R$ 14 bilhões em 2023, e assim por diante. Isto se os depósitos mensais dos clientes não aumentarem ao longo do tempo. Em 30 anos, os banqueiros embolsam cerca de um terço de toda a poupança do cidadão.
Segundo o mesmo Relatório, nos fundos de pensão fechados, aqueles patrocinados por empresas para seus empregados, a taxa de administração média é de 0,27% ao ano (esta taxa é cobrada na forma de um percentual descontado das contribuições mensais). O patrimônio acumulado nestes fundos é de R$ 1,13 trilhão, o que significa que as entidades fechadas de previdência complementar (EFPC) destinarão em 2021 R$ 3 bilhões para administrar os planos de previdência de 3,7 milhões de participantes.
Em outras palavras, o custo de administração cobrado pelos bancos é quase 5 vezes maior que o praticado pelas entidades fechadas.
A discrepância das taxas de administração explica, em grande medida, a diferença de rentabilidade entre os dois segmentos. O Relatório mostra que, de 2012 até agosto de 2021, a rentabilidade média acumulada pelos investimentos da previdência privada dos bancos foi de 108,8%, enquanto nos fundos de pensão fechados foi de 171,4%. A diferença brutal mostra o quanto os banqueiros lucraram com o sonho de aposentadoria complementar da população.
Leia mais aqui.
29/11/21
=> Participantes deram inequívoca demonstração, nas recentes eleições para o CDE e o COF, de que não aprovam a sede em Brasília
A ASPAS enviou ofício, nesta terça-feira 9/11, a todos os Conselheiros Deliberativos do SERPROS. O CDE agendou reunião para esta semana e estão na pauta as alterações estatutárias, inclusive a nefasta mudança da sede do Fundo para Brasília.
No ofício, a ASPAS alerta para as consequências caso o CDE aprove a inclusão da mudança para Brasília no novo Estatuto.
- Está muito claro, para todos, que novas despesas podem atingir, de modo perigoso, os participantes, tanto do PS-II quanto do PS-I. O primeiro, inviabilizando totalmente a continuidade do pagamento do superávit. E o segundo, levando o plano a um novo equacionamento. O PS-I, em setembro/21, apresentou déficit de R$ 171,49 milhões, aproximando-o das condições que exigem equacionamento em 31/12/2021" - destaca a ASPAS no ofício.
A Associação lembrou aos Conselheiros a manifestação inequívoca dos participantes, nas recentes eleições para o CDE e o COF, contrária à mudança da sede para Brasília, ao elegerem por larga margem os candidatos que se posicionaram explicitamente neste sentido.
- A ASPAS e os participantes, em sua larga maioria, consideram que as mudanças no Estatuto neste momento devem se voltar exclusivamente para alterações imprescindíveis, necessárias para atender ao bom funcionamento do nosso Fundo e atender às exigências da Previc. Mudanças que permitirão redução de despesas e possibilidades de geração de novas receitas - defende a ASPAS no documento.
RESPONSABILIDADE
A Associação ressalta para os Conselheiros sobre as graves consequências caso a medida, até hoje sem justificativa, seja aprovada.
- Portanto, a aprovação da mudança, gerando despesas desnecessárias numa época tão difícil, nos leva à possibilidade de imaginar que interesses particulares tentam prevalecer acima dos interesses dos participantes. A apuração dos fatos, em futuro próximo, cobrará a responsabilidade dos envolvidos - lembrou a ASPAS em seu ofício aos Conselheiros Deliberativos do SERPROS.
Leia aqui a íntegra do ofício da ASPAS.
FATOS RECENTES
Conforme ata disponível na área restrita dos participantes no site do SERPROS, o Conselho Deliberativo, em Reunião Extraordinária realizada nos dias 04 e 05/11, decidiu, com o voto de qualidade do Presidente em exercício, prosseguir com o processo de alteração do Estatuto do SERPROS, em nova Reunião Extraordinária a ser realizada nos próximos dias. Esta reunião pretende analisar as respostas do Patrocinador Serpro relativas às alterações aprovadas em julho/2019 pelo CDE, incluindo a decisão sobre a mudança da sede para Brasília.
Os Conselheiros Eleitos propuseram discutir, em uma primeira etapa, as alterações consensuais entre SERPROS e Serpro, deixando para uma segunda etapa a discussão e decisão sobre a mudança para Brasília, realizando alteração no Estatuto, se aprovada. Essa proposição não foi aceita pelos Conselheiros Indicados - e foi derrotada pelo voto de qualidade do Presidente em exercício.
O encaminhamento proposto pelos Conselheiros Eleitos propiciaria implementar rapidamente as principais alterações recomendadas pelo Interventor da Previc (a saber: administração de Plano Instituído, Diretoria com 3 Diretores e Eleição do Diretor de Seguridade), além de garantir a inclusão do processo de seleção dos Diretores (Resolução CNPC 35/2019), todas já aprovadas pelo Serpro, inclusive pelo seu CA.
09/11/21
=> Em entrevista ao Portal do Serpro, o Presidente da estatal e o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia relatam como as soluções inovadoras estão mudando o relacionamento do cidadão com o Estado
O Governo Federal completou 1000 dias. O Serpro, um dos protagonistas da transformação digital no Brasil, destaca as realizações mais emblemáticas do período no percurso da desburocratização do Estado com soluções que mudam a forma do cidadão ter acesso aos serviços públicos. O Portal Serpro conversou com o presidente da empresa, Gileno Gurjão Barreto, e o secretário Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade, que foi presidente do Serpro no período de janeiro de 2019 a agosto de 2020. Confira!
Portal - É possível falar em transformação digital no Brasil sem mencionar o Serpro?
Caio - A missão do Serpro é conectar Estado e sociedade com soluções digitais inovadoras e, nestes 1000 dias, a empresa reafirmou o seu compromisso e protagonismo na transformação digital do país. Mais do que serviços digitais para o cidadão, nesse período, oferecemos também ao mercado soluções de inteligência capazes de trazer segurança para o ambiente de negócio do país.
Gileno - Nossas soluções estão mudando a forma como a população tem as suas necessidades atendidas. O uso da tecnologia também gerou mais transparência e eficiência no controle dos processos administrativos, garantindo mais agilidade e reduzindo custos operacionais. Nesse período, o Serpro avançou consideravelmente em biometria e identificação digital, o que é o início de uma nova era de facilidades e seguranças para o cidadão.
Portal - Qual o maior desafio enfrentado pelo Serpro nesses 1000 dias?
Caio - Sem dúvida, foi enfrentar um longo período de pandemia, que trouxe incertezas tanto no campo da economia quanto nas relações pessoais e trabalhistas, exigindo transformações culturais de forma rápida. A atuação ágil da empresa garantiu o sucesso da operação de levar o corpo funcional para trabalhar em casa, evitando a propagação da Covid-19. Em apenas três dias, colocamos mais de 6 mil empregados em home office, um desafio superado graças à expertise e comprometimento da empresa, além de um know how tecnológico, que possibilitou a continuidade das atividades, sem interrupções.
Gileno - Não há precedentes na História que possam balizar as ações que a empresa adotou durante a pandemia. E mesmo com todo o desafio posto e a retração global da atividade econômica, apresentamos lucro líquido de quase R$ 500 milhões. A finalidade do Serpro de ser uma empresa de inteligência digital facilitou o processo, que contou com a competência da estatal em segurança de dados e desenvolvimento de soluções.
Portal - Já falando em resultados financeiros: nos últimos dois anos, o Serpro não apenas registrou lucro líquido como também enxugou processos e diminuiu custos operacionais. Como isso foi possível?
Gileno - O resultado de 2020 mostrou lucro líquido de R$ 462,1 milhões. Destaque para o crescimento de R$ 128,4 milhões nas receitas provenientes de clientes privados e pela melhoria na performance operacional da empresa, resultado das melhores práticas de gestão, implementadas a partir de 2019, ano em que o Serpro apresentou lucro de 486,9 milhões. Cabe destacar que as ações de gestão (renegociação de contratos, economia com acordos judiciais, implementação de imunidade tributária, redução de custos com pessoal e contratos de terceiros, entre outras) foram fundamentais para a melhoria generalizada dos indicadores econômico-financeiros, o que garantiu retorno de investimento ao acionista, que em última instância é o contribuinte que paga impostos.
Com foco na diversificação da carteira e ampliação do portfólio de serviços de inteligência de negócio, o mercado privado corresponde, atualmente, a 15,3% da receita total. Ao isolarmos a relação comercial com clientes privados, o crescimento médio do período foi de 38% (biênio 2019-20 x biênio 2017-18). Esses resultados refletem a capacidade do Serpro em promover a sustentabilidade empresarial e impulsionar a transformação digital no Brasil em todos os setores de atuação. Apresentamos ao país um novo Serpro, para melhor servir a um novo Brasil, mais eficiente, mais digital, mais voltado ao cidadão.
Portal - Em setembro de 2020, a LGPD entrou em vigor e trouxe mudanças para todos os setores. Como o Serpro se adaptou e quais as ações implementadas?
Gileno - Quando assumimos a gestão, em 2019, iniciamos o projeto de adequação à LGPD e a empresa avançou na direção de ser referência, tanto interna quanto externamente, para atender aos requisitos e às melhores práticas e colaborar para um melhor ambiente de negócios. Essa ação nos posicionou como referência no tema Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.
Leia mais aqui.
18/10/21
=> Fila de benefícios em análise chega a quase um milhão e meio
Do portal iG, em 13/08/2021
A contratação temporária de 2.550 pessoas para dar conta de requerimentos represados no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que hoje soma 1.450.480 pedidos aguardando análise, está com os dias contados. Os contratos, que poderiam ser renovados por um ano, a contar de junho de 2020, terminam em dezembro. De acordo com a autarquia, a medida provisória que permitiu as contratações não foi convertida em lei e os contratos serão finalizados.
É importante relembrar que a autarquia padece com a falta de servidores: segundo a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Previdência e Assistência Social (Fenasps) faltam 22 mil servidores no quadro do INSS. Um pedido de concurso elaborado pelo próprio instituto pretende preencher 7,5 mil vagas. A data e o aval para realização do certame, no entanto, ainda não foram divulgados.
"O INSS necessita de cerca de 22 mil pessoas, pelo menos, para recompor sua força de trabalho", afirma Viviane Peres, diretora da Fenasps.
Ela conta que o gargalo nas concessões, que hoje têm 1,45 milhão de requerimentos em análise, tende a aumentar. Isso porque a portaria 1.192, de novembro de 2020, passou para o INSS a operacionalização dos benefícios do Regime Próprio de Previdência (dos servidores públicos).
"Ou seja, já com uma demanda imensa de benefícios do regime geral, o INSS ainda passa a atender o regime próprio, com um quadro insuficiente de servidores, perda de 50% da sua força de trabalho nos últimos anos e sem realização de concurso público", critica Viviane.
Leia mais aqui.
23/08/21
►→ Início às 8 horas de 5/8
►→ Final às 12 horas de 19/08
EM QUANTOS CANDIDATOS VOTAREMOS?
Você dará um total de 3 votos.
Para o Conselho Deliberativo - CDE: em 2 candidatos.
Para o Conselho Fiscal - COF: em 1 candidato.
COMO SERÁ A VOTAÇÃO?
A votação será exclusivamente pela internet (pelo site ou pelo App SERPROS para celular).
Para votar, os participantes devem estar cadastrados para acesso à Área Restrita no site do SERPROS.
QUEM PODE VOTAR?
Podem votar todos os participantes do SERPROS: os ativos, os assistidos (aposentados) e também os pensionistas.
PASSO A PASSO PARA VOTAR
Para votar, o participante (ativo, aposentado ou pensionista) terá que acessar a área restrita no site do SERPROS e informar seu CPF e sua senha.
1. Acesse aqui a Área Restrita (clique aqui)
2. Entre com seu CPF e senha
3. Selecione 2 Candidatos ao CDE
4. Selecione 1 Candidato ao COF
5. Clique em VOTAR.
6. Clique em CONFIRMAR.
NÃO LEMBRO A MINHA SENHA. COMO FAZER?
Se você ainda não tem sua senha ou a esqueceu, proceda da seguinte forma:
►→ Acesse a Área Restrita no site do SERPROS;
►→ Clique em "Esqueci Minha Senha";
►→ Preencha os campos solicitados.
►→ Envie.
A nova senha será enviada pelo SERPROS para seu e-mail cadastrado (confirme se seu cadastro está atualizado).
Caso você não tenha ou não use mais o seu e-mail, entre em contato com o nº 0800 721 10 10, no horário das 9h às 17h, e informe um e-mail (pode ser de um cônjuge, filho ou pessoa próxima de sua confiança). É neste e-mail que você receberá uma senha de acesso.
Caso tenha dificuldade, peça a ajuda da ASPAS! Ligue ou envie mensagem de WhatsApp para 21-98055-3939.
Não deixe de votar!
09/08/21
Para votar, o participante (ativo, aposentado ou pensionista) terá que acessar a área restrita no site do SERPROS e informar seu CPF e sua senha.
Portanto, verifique se sua senha está ativa na Área Restrita do site do SERPROS. Se você ainda não tem sua senha ou a esqueceu, proceda como indicado abaixo o mais urgente possível, para evitar problemas durante o período de votação.
- Acesse a Área Restrita no site do SERPROS (clique aqui);
- Clique em "Esqueci Minha Senha";
- Preencha os campos solicitados.
A nova senha será enviada pelo SERPROS para seu e-mail cadastrado (confirme se seu cadastro está atualizado). Em caso de dificuldade, procure a ASPAS. Estamos à disposição desde já dos interessados para assessorar neste procedimento de cadastro e senha.
26/07/21
=> Votação para o CDE e para o COF será exclusivamente pela internet, entre 5 e 19 de agosto
Terminadas as inscrições para as eleições do SERPROS, marcadas para agosto, cinco candidatos, com seus respectivos suplentes, se inscreveram para concorrer às duas vagas de Conselheiros Deliberativos do SERPROS. Para o Conselho Fiscal, três candidatos, também com seus respectivos suplentes, concorrerão a uma única vaga de Conselheiro. A divulgação final das candidaturas, após o período de impugnações, será feita no site do SERPROS na próxima 5ª feira, dia 15/7.
Poderão votar os participantes ativos, os assistidos (aposentados) e também os pensionistas. A votação será feita exclusivamente pela internet e ocorrerá entre as 8 horas do dia 5 de agosto e as 12 horas do dia 19/08/2021. Para conseguirem votar, os participantes devem estar cadastrados para acesso à área restrita no site do SERPROS.
Este ano há uma novidade importante. Cada candidato a uma vaga no CDE ou no COF terá o seu suplente, que o substituirá em qualquer ausência ou vacância definitiva, formando uma dupla composta de Titular/Suplente para cada vaga em disputa. Dessa forma, fica melhor preservada a vontade do eleitor, já que haverá maior afinidade entre o titular e seu eventual substituto.
Os nomes dos candidatos inscritos podem ser vistos aqui.
12/07/21
=> Interesse privado do vencedor poderia manipular o mercado
Um dos aspectos mais assustadores na proposta de privatização de Serpro e Dataprev é que informações sensíveis de todas as empresas brasileiras, ou aquelas aqui estabelecidas, estariam em mãos de uma empresa privada, conferindo a essa empresa um poder gigantesco sobre as relações econômicas em nosso país.
Mais grave ainda é que essa privatização teria, certamente, uma empresa estrangeira como vencedora - uma vez que não há no horizonte empresa nacional privada com porte suficiente para absorver qualquer uma dessas estatais.
DADOS SENSÍVEIS
Os sistemas hoje criados e administrados por Serpro e Dataprev detêm informações sensíveis para o mundo dos negócios. Em mãos privadas, informações precisas sobre remuneração, faturamento, lucro, Imposto de Renda, empréstimos e clientes dos seus concorrentes, se mal usadas, podem resultar em manipulações capazes de favorecer ou destruir empresas, comprometendo gravemente a economia brasileira.
As duas estatais têm em seus sistemas o controle de informações fiscais e tributárias de todas as empresas do país. Sem um agente neutro e estatal, condutas privadas podem afetar a concorrência empresarial e até a concessão ou não de empréstimos e também prejudicar a fiscalização governamental.
Este é um fator muito negativo que se soma aos riscos, também consideráveis, da perda de privacidade dos dados das pessoas físicas, já que as informações sobre o patrimônio e a vida financeira dos contribuintes estarão abertas à empresa vencedora.
INTERESSE ESTRANGEIRO
Um dos sistemas privatizados, por exemplo, seria o Siscomex, criado pelo Serpro. Este sistema acompanha a entrada e saída de mercadorias do Brasil. Uma "falha" poderia embaralhar as operações de importação e exportação de empresas de todo o país. Entregar esse poder a uma empresa com sede em outra nação é uma temeridade que nem o mais ingênuo dos brasileiros pode se permitir imaginar.
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=> Por serem públicas, o Serpro e a Dataprev têm como preocupação proteger os dados dos cidadãos acima do lucro
No início de 2021, houve o chamado mega vazamento de dados que expôs informações pessoais de cerca de 220 milhões de brasileiros. Foram disponibilizados em um fórum da deep web fotos de rostos, endereços, e-mails, score de crédito, telefones, salários, rendas e outros dados de quase todos os cidadãos do país, inclusive de pessoas já falecidas.
Esses dados chegaram a ser vendidos pelo valor de até US$ 1 por CPF, dependendo da quantidade de documentos comprados. Ainda não houve responsabilização de nenhuma empresa pelo vazamento. Mas uma coisa é certa: não foram responsabilidade do Serpro ou da Dataprev.
As duas empresas públicas são responsáveis por dados do Brasil e de todos os brasileiros. De acordo com Léo Santuchi, especialista da Dataprev, as empresas públicas de tecnologia da informação do governo federal, Dataprev e Serpro, possuem robustos sistemas de segurança para proteger os dados dos cidadãos. "Por serem públicas, a Dataprev e o Serpro têm como preocupação proteger os dados dos cidadãos acima do lucro sobre o serviço. As duas empresas contam com tecnologia de ponta, profissionais capacitados e sensíveis à cidadania", ressalta.
Leia aqui a matéria de Renata Vilela no portal Congresso em Foco.
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=> Depois da conquista do Selo de Governança em Investimentos, em 2020, vem aí o Selo de Governança Corporativa da Abrapp para o SERPROS, que demonstra o avanço da reconstrução da entidade
=> ASPAS e Conselheiros Eleitos - que resistiram e denunciaram os abusos e prejuízos entre 2011 e 2015, bem como pediram, em 2016, a segunda intervenção da Previc devido à ameaça de voltarem as irregularidades - continuam fundamentais para a situação do SERPROS de hoje
O SERPROS está de parabéns, sua Diretoria Executiva e os Conselheiros Deliberativos e Fiscais da administração empossada em 2017, após a segunda Intervenção da Previc, assim como os gerentes e demais funcionários. A Abrapp - Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar - anunciou semana passada que está próxima a concessão do Selo de Governança Corporativa da entidade para o SERPROS. Este selo representa um atestado da Abrapp de que o nosso SERPROS possui hoje um sistema de gestão onde os procedimentos operacionais, administrativos e financeiros seguem as melhores práticas de gestão do mercado de fundos de pensão. Em 2020, o SERPROS já havia conquistado o Selo de Governança em Investimentos, que já demonstrava a segurança alcançada pelo nosso processo decisório de investimentos e desinvestimentos.
Estão de parabéns, também, os participantes. O estágio atual só foi alcançado porque, a partir dos gravíssimos problemas vividos entre 2011 e 2015, nas Diretorias do Fundo indicadas pela gestão de Marcus Mazzoni na patrocinadora Serpro, os participantes foram à luta para denunciar o que estava ocorrendo. E a ASPAS, sem falsa modéstia, esteve à frente daquela luta, em conjunto com os Conselheiros Eleitos, oficiando à Previc, denunciando os abusos e pedindo claramente a intervenção do órgão fiscalizador que interrompeu a sangria (mais de R$ 1,2 bilhão, correspondente em valores da época a mais de 25% do patrimônio do nosso SERPROS), impedindo a insolvência da entidade.
Destacaram-se nessa luta, entre os Conselheiros Eleitos, nomes como Thadeu Portella, Paulo Kapp e Waldomiro Schneider, na resistência durante o período de 2011 a 2015, junto com Luiz Antonio (Gato) Martins, Alexandre Jordão e Mauro Simião, entre 2015 e 2017. Nos últimos anos, no trabalho de consolidação da reconstrução do SERPROS, tem sido valiosa a contribuição dos Conselheiros Deliberativos Eleitos Mauro Simião, Alexandre Jordão e Mário Evangelista (este de 2019 a 2021); e dos Conselheiros Fiscais Eleitos Luiz Antonio (Gato) Martins e Mário Evangelista (este entre 2017 e 2019).
INTERVENÇÃO DA PREVIC INICIOU A RECONSTRUÇÃO DO SERPROS
A partir dali, o Interventor da Previc no SERPROS Walter Parente, em conjunto com o corpo gerencial da entidade, iniciou a identificação dos processos falhos que permitiram a ocorrência daqueles problemas, não só financeiros, mas também institucionais, e iniciou o trabalho de reconstrução, sempre com o apoio da ASPAS e dos Conselheiros Eleitos. Nesse contexto, terminada a intervenção, assumiu em 2017 a atual administração do Fundo, cuja Diretoria, com a participação dos Conselheiros Deliberativos e Fiscais, eleitos e indicados, de lá para cá, vem seguindo meritoriamente as orientações do Interventor e avançando em novos procedimentos, que agora culminam no Selo de Governança Corporativa da Abrapp.
RECOMENDAÇÕES DO INTERVENTOR SÃO A NOSSA "BÍBLIA", AFIRMA PRESIDENTE DO SERPROS
Em entrevista ao Blog da Abrapp , a diretora-presidente do SERPROS, Ana Maria Costi, concordou com o papel fundamental da intervenção nessa conquista:
- Quando a Previc encerrou a intervenção na entidade e a nossa gestão assumiu, em 2017, dizíamos que o relatório com as recomendações do órgão de supervisão era nossa "bíblia".
Esse norte, tão correta e bem sinalizado pela diretora-presidente do SERPROS, com certeza vem garantindo o bom caminho na administração do nosso Fundo. A ASPAS tem aplaudido a atuação da Diretoria do SERPROS pela recuperação do nosso Fundo, tornando-o novamente um porto seguro para os participantes.
E é justamente por também seguir essa mesma "bíblia" que a ASPAS defende, por exemplo, a eleição direta pelos participantes, ativos e assistidos, do Diretor de Seguridade do SERPROS, uma das recomendações do Interventor Walter Parente como item importante para não permitir a má administração e investimentos temerários e fraudulentos.
RESPEITO À TRANSPARÊNCIA E AOS DEVERES FIDUCIÁRIOS: ATITUDES IMPORTANTES PARA A EFETIVIDADE DOS PROCESSOS
Em nosso Boletim ASPAS de 7 de setembro de 2020 , já havíamos destacado que o SERPROS era um dos Fundos que aderiram ao Código de Autorregulação em Governança da Abrapp, exatamente a adesão necessária para concorrer ao Selo ora anunciado. O Código não deixa dúvidas sobre a importância dos deveres fiduciários nos Conselhos Deliberativos dessas entidades.
"Dever fiduciário" é o dever dos Diretores e Conselheiros de Fundos de Pensão de atuarem com absoluta consciência de estarem fazendo a gestão de recursos de terceiros. Em seu Código de Autorregulação em Governança Corporativa, a Abrapp destaca como princípio básico dos Conselhos Deliberativos que "sua forma de atuação deve garantir a consecução do propósito institucional e a sustentabilidade corporativa, considerando seus deveres fiduciários". A Abrapp ressalta, ainda, que "no contexto da governança corporativa, o Conselho Deliberativo é o órgão máximo de deliberação e orientação da EFPC".
O respeito aos deveres fiduciários e à transparência na administração vão além dos processos estabelecidos. Esses, por mais rígidos que sejam, não prescindem de que essas atitudes estejam presentes e sejam seguidas, junto com o respeito aos procedimentos internos, sob pena de virem a conspurcar a gestão. Não à toa são atitudes inseridas textualmente no Código da principal entidade dos Fundos de Pensão do país.
A adesão ao Código de Autorregulação em Governança da Abrapp, portanto, habilita para o selo de qualidade, ora em vias de ser conquistado pelo SERPROS, mas também significa que as entidades aderentes podem ser fiscalizadas e eventualmente punidas. Segundo estabelece o próprio documento, logo em suas páginas iniciais, a entidade de previdência complementar "que aderir ao Código poderá, a qualquer tempo, solicitar seu cancelamento, sem prejuízo de permanecer sujeita à aplicação de eventuais penalidades, resultantes da apuração de infrações ocorridas durante o período em que era aderente ao Código".
Finalmente, para tranquilizar ainda mais os participantes, ativos e assistidos, o SERPROS, devido às duas intervenções que sofreu, é acompanhado sistematicamente pela Previc, com dois auditores dedicados, o que assegura mais ainda a qualidade do nosso sistema de governança.
26/04/21
=> Senador Paulo Paim (PT-RS) quer que a Casa debata os riscos de dados estratégicos do país caírem em mãos privadas
Protocolado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), O REQ 6/2021, apresentado pelo Senador Paulo Paim, requer a realização de audiência pública no Senado, com o objetivo de debater os "Riscos de privatização da Dataprev e do Serpro", diante do impacto da venda das bases de dados previdenciários.
Na justificativa do requerimento, o senador enalteceu a importância de Serpro e Dataprev para o país. "Essas empresas detêm o monopólio de desenvolvimento, guarda e manutenção de importantes e estratégicos sistemas de informação do Estado, tais como o imposto de renda, escrituração fiscal e previdência social, incluindo-se o cadastro e os pagamentos mensais dos benefícios previdenciários a dezenas de milhões de brasileiros", argumentou.
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=> Nossa campanha vai chegar ainda mais longe no debate político com esse reforço na comunicação junto à sociedade e aos parlamentares
O portal Congresso em Foco tem uma base de 20 milhões de leitores, que a partir de agora serão impactados com pelo menos duas publicações semanais, aos sábados e quartas ou quintas-feiras, sobre a campanha pela manutenção de Serpro e Dataprev públicos.
O espaço conquistado pela campanha será também uma oportunidade para que trabalhadores do Serpro e da Dataprev possam assinar artigos para publicação.
Confira aqui a primeira publicação que destaca a importância dessas empresas para a segurança dos dados pessoais dos brasileiros.
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19/04/21
COMEÇAM PRIMEIRAS AÇÕES JUNTO AOS PARLAMENTARES
A campanha Salve Seus Dados segue sua mobilização junto aos deputados e senadores dos mais diversos partidos. Desde o dia 22/3, a campanha já realizou várias reuniões com parlamentares. O senador Izalci Lucas (PSDB/DF), presidente da Comissão Senado do Futuro, foi um deles e divulgou o encontro em suas redes sociais.
As reuniões virtuais são organizadas pela Veredas Inteligência Estratégica, empresa contratada para dar assessoria parlamentar à campanha, e têm por objetivo apresentar os impactos que a privatização de Serpro e Dataprev provocariam na sociedade brasileira.
Veja aqui o relatório completo de visitas aos parlamentares.
NÃO DEIXE DE CONTRIBUIR. É O NOSSO FUTURO QUE ESTÁ EM JOGO
Contribua com o financiamento da campanha Salve Seus Dados. Escolha um desses canais, defina um valor que você possa doar mensalmente e faça sua doação:
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Agência: 1569-5
Conta corrente: 34056-1 [conta exclusiva da Campanha]
CNPJ: 29.255.585/0001-72
ANED - Associação Nacional dos Empregados da Dataprev
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E-mail da campanha: campanha.salveseusdados@gmail.com
Veja aqui tudo sobre a campanha Salve Seus Dados.
05/04/21
=> Em decisão inédita, Justiça reconhece gestão corrupta na Fundação e responsabiliza a Patrocinadora
Um grupo de aposentados da Caixa Econômica Federal (CEF) entrou com uma ação para a reparação de danos materiais causados por administração fraudulenta de diretores na Fundação dos Economiários Federais (FUNCEF), o fundo de pensão dos funcionários e aposentados da Caixa.
De forma inédita, a Justiça de Minas Gerais condenou a Caixa a arcar com o pagamento integral dos prejuízos atribuídos pela FUNCEF aos aposentados, todos ex-empregados, isentando-os completamente do pagamento de qualquer valor dos prejuízos e obrigou o banco a também devolver aos autores do processo 100% dos valores que haviam sido descontados pela FUNCEF.
Os descontos eram decorrentes de três equacionamentos de dívidas do Fundo. Na ação, os advogados sustentaram que as dívidas foram decorrentes de atos de corrupção dos gestores e que os planos de equacionamento visavam preservar o equilíbrio atuarial do Fundo.
Apesar de proferida em primeiro grau e ser passível de recurso, esta decisão abre caminho para que outras ações obtenham sucesso no Judiciário contra atos ilícitos praticados por prepostos na gestão de fundos que vieram a prejudicar trabalhadores da ativa e aposentados. "A mesma situação se aplica tanto aos ex-empregados, aposentados ou não, aos empregados ativos e pensionistas da Caixa quanto aos de outras empresas cujos fundos de pensão estejam na mesma situação como Petros, Postalis e outros", afirmaram os advogados Caio Augusto e Domingos Araújo.
Conheça a parcial da decisão aqui.
=> Prioridade para o lucro das empresas privadas é, na maior parte das vezes, conflitante com a execução de serviços de que a sociedade depende
As privatizações fazem parte da agenda econômica do Governo Federal e também de gestões regionais, como em São Paulo. Mas, no mundo, está havendo um movimento contrário, de reestatização de serviços de setores importantes, como energia, água e transporte. Quase 900 reestatizações foram feitas em países centrais do capitalismo, como EUA e Alemanha.
"A nossa base de dados mostra que as reestatizações são uma tendência e estão crescendo", disse a geógrafa Lavinia Steinfort, coordenadora de projetos do TNI (Transnational Institute), centro de estudos em democracia e sustentabilidade baseado na Holanda.
O TNI mapeou serviços privatizados que foram devolvidos ao controle público em todo o mundo entre os anos de 2000 e 2017. São casos de concessões não renovadas, contratos rompidos ou empresas compradas de volta, em sua grande maioria de serviços essenciais como distribuição de água, energia, transporte público e coleta de lixo.
Nas contas da entidade, foram ao menos 835 remunicipalizações (quando os serviços são originalmente da prefeitura) e 49 nacionalizações (ligadas ao governo central), em um total de 884 processos, movidas geralmente por reclamações de preços altos e serviços ruins.
E a tendência é acelerada: mais de 80% dos casos aconteceram de 2009 em diante.
O movimento é especialmente forte na Europa, onde só Alemanha e França já desfizeram 500 concessões e privatizações do gênero. Os episódios, porém, se repetem por todo o mundo e estão espalhados por países tão diversos quanto Canadá, Índia, Estados Unidos, Argentina, Moçambique e Japão.
Para Lavinia, a priorização de lucros das empresas privadas é, na maior parte das vezes, conflitante com a execução de serviços de que a sociedade depende. Mas ela lembra que não basta ser pública para ser boa. "A gestão pública tem que prestar contas e ser cobrada, para garantir que haja um controle democrático efetivo".
Veja a entrevista completa aqui.
=> Caso do PP-3 na Petros mostra que é possível construir soluções para melhorar a situação de participantes que sofrem num plano deficitário, arcando com descontos estabelecidos em equacionamentos. Quanto ao modelo a ser adotado, cada caso é um caso e só um amplo debate pode ajudar a definir o melhor
A Petrobras anunciou, no último dia 27/1, que a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) aprovaram a criação de seu novo plano de benefícios, o Plano Petros 3 (PP-3).
O PP-3 será uma opção previdenciária, na modalidade de contribuição definida (CD), exclusiva para migração voluntária e pontual dos participantes e assistidos dos planos Petros do Sistema Petrobras Repactuados e Não Repactuados (PPSP-R e PPSP-NR), ambos pós-70. A previsão é de início da operacionalização do novo plano no 2º trimestre de 2021.
PROCEDIMENTOS PARA A CRIAÇÃO
O Conselho Deliberativo da Petros aprovou o novo plano em 2 de setembro de 2020. Em 1º de outubro de 2020, o Conselho de Administração da Petrobras também aprovou o PP-3. Agora o plano ultrapassou sua última etapa legal, ou seja, a aprovação da Sest e da Previc.
Agora será oferecida a possibilidade de migração. O período de opção deve durar 30 dias e será amplamente divulgado pela Petros. A Petros ressalta que o PP-3 só será efetivamente criado após a análise da viabilidade técnica e administrativa do plano, que só poderá ser concluída depois do encerramento do período de opção e da definição da massa de participantes que optará pelo novo plano. Caso o PP-3 não possa ser criado, os participantes que tiverem optado pela migração seguirão no plano de origem.
ENTENDA O TIPO DE PLANO, QUE É POLÊMICO
Segundo a Petros, num plano CD "não há mutualismo nem risco de haver déficit", pois o benefício é sempre ajustado de acordo com o saldo da conta individual. Quem migrar terá os valores de sua responsabilidade referentes ao equacionamento do PPSP-R ou do PPSP-NR e a déficits ainda não equacionados descontados de uma só vez da reserva de migração individual, encerrando a cobrança de contribuições extraordinárias mensais. À exceção de eventuais ajustes normais anuais de custeio administrativo, no PP-3 não haverá possibilidade de surgimento de novas contribuições extraordinárias no futuro.
No momento da migração, o participante assistido poderá sacar até 15% do saldo acumulado na sua conta individual. Já o participante ativo poderá fazer o mesmo quando requerer o benefício no PP-3. E, em caso de falecimento do participante no PP-3, o montante acumulado poderá gerar renda para pensionista ou ser tratado como herança.
Por outro lado, a Federação Nacional dos Petrolleiros (FNP) e o Sindipetro-RJ estão orientando os participantes pela não adesão ao novo plano PP-3 da Petros. Segundo as entidades, "o PP-3 gera a ilusão de que novos déficits não haverão mas, na verdade, o benefício é que será reduzido caso os déficits se apresentem". No PPSP (plano atual), "os novos déficits terão que ser enfrentados com planos de equacionamento em que as patrocinadoras são obrigadas a pagar 50%. No PP-3, a reserva matemática diminui, diminuindo também o número de parcelas mensais que o assistido receberá".
Aqui, neste documento produzido pela Petros, você pode entender com mais detalhes como funcionará o PP-3.
Veja aqui o posicionamento das entidades sindicais dos petroleiros.
CUIDADO AO ESCOLHER O MODELO
A boa notícia do caso PP-3 na Petros é que a Sest e a Previc podem analisar e aprovar um novo plano de benefícios, se assim for o desejo dos participantes. Quanto ao modelo a ser adotado, há que analisar com cuidado as opções. No caso dos planos de Contribuição Definida, por exemplo, além das críticas das entidades sindicais dos petroleiros, também a ANAPAR (Associação Nacional dos Participantes de Previdência Complementar e Autogestão em Saúde) publicou artigo informando que "os planos CD serão os primeiros afetados pela crise do novo coronavírus", por conta do mau momento da economia. A ANAPAR destaca que "são planos que trabalham com saldos de contas individuais". O nível do benefício é resultado direto do saldo da conta individual, que por sua vez depende da rentabilidade dos investimentos.
Leia aqui a matéria da ANAPAR e saiba mais.
01/02/21
Em comemoração ao Dia do Aposentado, celebrado em 24/1, a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) e o Sindicato Nacional das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Sindapp) realizam todos os anos a Semana do Aposentado. Este ano, em razão da pandemia, o evento será realizado em formato virtual com várias "lives" que serão exibidas de 26 a 29 de janeiro.
Com transmissões virtuais durante os quatro dias, a agenda traz palestras gratuitas e abertas a todo o público, especialmente aos assistidos das entidades associadas, que serão realizadas sempre às 15h por meio do canal da Abrapp no YouTube. Não será necessário se inscrever: basta acessar na data e no horário da palestra desejada para acompanhar.
PROGRAMAÇÃO
Horário: 15 horas.
Canal no YouTube: https://www.youtube.com/user/abrapp
26/1 - terça-feira
Abertura, com Luís Ricardo Martins e palestra com o tema "Saúde: o maior valor da vida!", com Marcos Cabrera.
27/1 - quarta-feira
Palestra "Qualidade de vida, bem-estar no novo estar", com Mirian Goldenberg.
28/1 - quinta-feira
Palestra sobre empreendedorismo "Seniores Digitais: profissionais 50+ para novas carreiras", com Sérgio Serapião (Lab 60+).
29/1 - sexta-feira
Palestra "Viver é um exercício diário de Superação!", com Marisa Bravi.
25/01/21
=> O Canal Meio produziu uma excelente matéria explicativa sobre tudo o que se sabe, de mais importante, sobre as vacinas
Se o gerenciamento da vacinação contra a Covid-19 no Brasil está nos ensinando algo é que nada está garantido até que tenha acontecido. Uma das poucas certezas é que no último dia 17/1 a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu e autorizou o uso emergencial de duas vacinas, a CoronaVac, da chinesa SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, e a da Universidade de Oxford/AstraZeneca com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O Canal Meio produziu uma excelente matéria explicativa, assinada por Leonardo Pimentel, sobre o que se sabe, de mais importante, sobre essas e outras vacinas. Afinal, já são 68 vacinas sendo desenvolvidas em todo o mundo, já na fase de testes em humanos. Outras 90 ainda estão na fase de experimentos em animais. Até o momento, 52 países já iniciaram campanhas de vacinação.
Como algumas dessas vacinas utilizam uma técnica nova, que está sendo usada pela primeira vez em humanos, foram alvo dos mais disparatados boatos, inclusive de que essas vacinas "alterariam o DNA humano", o que não é verdade.
Acesse o link abaixo, saiba como são feitos os testes e confira se houve ou não pressa no desenvolvimento dessas vacinas. Saiba como elas funcionam, o que é exatamente a "eficácia" de uma vacina e quantas doses são necessárias.
Leia aqui a matéria do Canal Meio.
Vai até o dia 18 de janeiro, próxima 2ª feira, a votação na Assembleia Extraordinária da ASPAS. A votação é feita pela página da Associação na internet (http://aspas.org.br) e visa consultar os associados se autorizam a ASPAS a ingressar - futuramente e apenas se necessário - na Justiça em defesa dos direitos e interesses dos participantes do SERPROS.
COMO VOTAR
Para votar, basta o associado da ASPAS clicar aqui e entrar direto na página de votação da Assembleia. Preencha seus dados (CPF e data de nascimento) e entre na Assembleia Virtual. Nesta Assembleia, a ASPAS está pedindo sua aprovação para, futuramente e apenas se for necessário, ingressar na Justiça para a defesa de nossos direitos, em vários temas que vislumbramos como potenciais problemas a médio e curto prazos. As opções de voto são SIM, NÃO ou ABSTENÇÃO.
POR QUE VOTAR
O posicionamento dos associados fortalece cada pleito da ASPAS. O anúncio pelo Governo Federal de privatização do Serpro em 2022, por exemplo, deixa a ASPAS em alerta para o destino do patrocínio ao SERPROS, assim como do PAS/Serpro. Em ambos os casos, a depender das atitudes do Serpro, antes ou após a privatização, a ASPAS entrará em ação para defender os legítimos interesses dos participantes ativos e assistidos.
Participe da Assembleia! E se ainda não for sócio, associe-se à ASPAS!
Acesse aqui nosso site e participe! Fortaleça a luta da ASPAS em defesa de seus direitos!
11/01/21