=> Proposta autoriza telemedicina nas perícias e prevê pagamento de bônus a servidores do INSS que estenderem jornada. Em junho, 1,4 milhão de processos estavam em tramitação
Por Elisa Clavery e Luiz Felipe Barbiéri
no G1
A Câmara dos Deputados aprovou, no último 4 de outubro, um projeto de lei de autoria do governo que cria o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS), com objetivo de reduzir as filas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre as medidas, estão o pagamento de bônus para servidores que trabalharem fora do horário do expediente e a permissão do uso de telemedicina para as perícias. O texto segue para o Senado.
O programa terá uma duração inicial de nove meses, podendo ser prorrogado por mais três, e vale para:
=> Relatório da transição de governo apontou ineficiência do equacionamento nos Fundos de Pensão
Em entrevista para a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), o novo superintendente da Previc, Ricardo Pena, comentou sobre o Relatório do Grupo de Trabalho na transição de governo, que apontou ineficiência no equacionamento nos Fundos de Pensão e sugeriu a suspensão das contribuições extraordinárias.
Segundo Ricardo Pena, "de imediato, a primeira avaliação que a gente vai fazer aqui na Previc é a possibilidade de suspender essa contribuição extraordinária, desde que não prejudique a solvência do plano nem comprometa o pagamento dos benefícios previdenciários".
LEIA A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) tem novo presidente. É Ricardo Pena, que já comandou a autarquia entre dezembro de 2009 e março de 2011. Ele também foi diretor-presidente da Funpresp-Exe entre dezembro de 2012 a janeiro de 2022. A vasta experiência na Previdência Complementar fez seu nome ser bem recebido pelas entidades em defesa dos trabalhadores. Em entrevista para a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Pena falou sobre as prioridades frente à Previc e as perspectivas para os fundos de pensão brasileiros. Confira:
Fenae - O Relatório do Grupo de Trabalho na transição de governo apontou uma ineficiência do equacionamento e sugeriu sua suspensão das contribuições extraordinárias. A Previc pode atuar de alguma maneira neste caso?
Ricardo Pena - A ideia que está no documento da transição é tentar rever a questão do equacionamento porque realmente pode ter ocorrido algum efeito conjuntural que precisa ser estudado. Talvez alongar o prazo e, se possível, propor alterações da Resolução 30 no âmbito do CNPC [Conselho Nacional de Previdência Complementar], como rever alguns parâmetros de marcação a mercado, da própria carteira. Enfim, esse é um debate que a gente vai tentar levar ao CNPC, liderado pelo secretário de Previdência Complementar. De imediato, a primeira avaliação que a gente vai fazer aqui na Previc é a possibilidade de suspender essa contribuição extraordinária, desde que não prejudique a solvência do plano nem comprometa o pagamento dos benefícios previdenciários. A ideia, portanto, é debater a suspensão do equacionamento e a revisão da Resolução 30, porque realmente o setor reclama muito. Os participantes, sobretudo os economiários [da Funcef] aposentados, reclamam muito da contribuição extraordinária, que já se alonga por quase seis anos.
Fenae - Existem outras sugestões de mudança?
Ricardo Pena - Também é importante dizer que hoje, na própria economia brasileira, se discute muito o Refis para as empresas, que a gente chama de regime de recuperação fiscal para os estados - fizeram o waiver, que autoriza o alongamento do pagamento. Para Pessoas Físicas já se pensa no programa Desenrola. Então por que não pensar em um waiver para os participantes dos planos de previdência complementar?
Fenae - Quais as perspectivas para os fundos de pensão brasileiros a partir do novo governo?
Ricardo Pena - A orientação é valorizar os fundos de pensão pela importância estratégica que eles têm - tanto de prover proteção previdenciária quanto de investidores na economia brasileira. São provedores de uma poupança estável, de longo prazo, que têm uma política estabelecida, têm governança. É fundamental retomar a importância desse setor, que foi colocado como papel secundário no governo anterior. Vamos buscar fazer uma fiscalização adequada, uma regulação que possa incentivar boas práticas e bons investimentos. Também vamos buscar melhorar a regulação do investimento, reabrindo o segmento de imóveis e melhorando, do ponto de vista jurídico, os investimentos em Fundos de Participação (FIPs). Também vamos abrir um investimento em economia de baixo carbono. Então, este é o papel que a gente vai tentar cumprir. E muitas dessas discussões estão no relatório do grupo de transição [leia aqui], que tive a felicidade de participar.
Fenae - Qual a importância do relatório para orientar o trabalho do governo?
Ricardo Pena - Foi um importante diagnóstico a partir de discussões em grupo. Foi um trabalho realizado com a perspectiva de olhar a Previdência Social e os problemas estruturais das reformas trabalhista e previdenciária e de como elas excluíram as pessoas da Previdência. Agora o Brasil tem, com essa nova orientação política do presidente Lula, uma chance de retomar a importância do trabalho e da Previdência. Este também é nosso objetivo. O papel do Ministro [Carlos] Lupi será muito importante nesta retomada e na defesa dos aposentados e pensionistas. Com as orientações do presidente Lula e do ministro Lupi, acredito que vai ser um governo mais sensível às causas previdenciárias e trabalhistas. Esperamos reorganizar o trabalho das autarquias junto aos fundos de pensão a partir de agora.
(Fonte: Fenae)
06/03/23
=> Remédios incluídos há alguns meses no programa "Farmácia Popular" são considerados mais modernos e ampliam os benefícios à população
No final de 2022, passaram a ser ofertados gratuitamente pelo programa "Farmácia Popular", do Governo Federal, novas substâncias para tratamento de hipertensão arterial: Besilato de Anlodipino (de 5 mg), Succinato de Metoprolol (de 25 mg), Espironolactona (de 25 mg) e Furosemida (de 40 mg). Além destes novos medicamentos gratuitos, o programa incluiu também o remédio Forxiga (princípio ativo dapagliflozina) de 10 mg, indicado para combate à diabetes, sendo que neste caso não é gratuito, mas com um ótimo desconto dentro do programa. Nas farmácias, o Forxiga é encontrado entre R$ 150 e R$ 200. Pelo programa, o custo para o consumidor fica em R$ 93.
O "Farmácia Popular" disponibiliza gratuitamente fármacos indicados para o tratamento de três das doenças que mais afetam os brasileiros: diabetes, asma e hipertensão. No total, são distribuídos gratuitamente 32 medicamentos de uso contínuo. A inclusão desses novos medicamentos representou uma importante, e necessária, atualização ao programa, após um período de mais de dez anos sem a incorporação à lista de novas substâncias. Considerados mais modernos, esses novos quatro remédios gratuitos integram uma nova geração de fármacos destinados a pacientes diagnosticados com hipertensão arterial. A expectativa do Ministério da Saúde é beneficiar nada menos do que 2,7 milhões de pacientes com este acréscimo.
Além dos medicamentos totalmente gratuitos, existem também 16 outras opções fornecidas pelo programa com descontos significativos, em um sistema de coparticipação. Neste caso, estão cobertos remédios para pacientes diagnosticados com dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de anticoncepcionais e fraldas geriátricas. Nesses casos, o Ministério da Saúde fica responsável pelo pagamento de uma parcela do valor total do medicamento, subsídio que pode alcançar até 90% do preço de referência da substância adquirida.
É possível checar aqui a lista completa de medicamentos disponibilizados pelo programa, através do portal Gov.br