Alzheimer: diretoria da ASPAS visita a APAZ e compartilha conhecimentos sobre a doença

Entender como funciona essa demência traz grandes benefícios para a família e para o paciente

Quando alguém da nossa família é diagnosticado com a Doença de Alzheimer, a primeira coisa que se instala é a tristeza dos familiares e, a segunda, o pânico. A preocupação com o que vem pela frente traz enorme estresse para a família. Como lidar com o paciente? Como administrar a carga de trabalho que será necessária para cuidar do paciente? O que fazer para que o paciente receba os melhores cuidados ?

Foi pensando nisso que o presidente da ASPAS, Paulo Barbosa Coimbra, e os diretores Ana Maria Monteiro de Castro  e João Carlos Afilhado estiveram na sede da APAZ - Associação dos Parentes e Amigos de Doentes de Alzheimer e outras demências, no centro do Rio, na última terça-feira, dia 23, onde assistiram a palestras e vídeos bastante elucidativos sobre o tema.

O Alzheimer
A doença é degenerativa, portanto, agrava-se com o tempo. Da fase inicial à fase grave, na média essa evolução se dá em sete anos, mas há casos em que esse processo pode durar 20 anos. Tudo depende de cada paciente. O Alzheimer não tem cura. Uma coisa, porém, é certa: conhecer as características da doença e ter boa orientação sobre como lidar com o paciente fazem toda a diferença na qualidade de vida do paciente e, sobretudo, dos familiares.

Cuidados com o diagnóstico
Segundo a presidente da APAZ, Maria Aparecida Guimarães, infelizmente há muitos pacientes mal diagnosticados. Ou seja, tomam remédio para Alzheimer, mas na verdade têm outro tipo de demência, o que obviamente significa que o tratamento não trará os resultados desejados. Portanto, o primeiro cuidado é escolher o neurologista ou geriatra que fará o diagnóstico. Do trabalho desse profissional dependerá todo o bom desenvolvimento do tratamento.

E qual é o momento de levar o paciente ao médico? Não são pequenos esquecimentos que caracterizam a doença. Isso, todos temos. Mas sim quando esses esquecimentos são repetitivos e o paciente não lembra de jeito nenhum. Além disso, a confusão espacial é um sintoma bastante forte do Alzheimer. Ou seja, o paciente às vezes não sabe dizer onde se encontra. Perde-se na rua. Nessa fase, convém avisar aos porteiros do prédio sobre a situação e fazer o paciente portar um cartão de identificação com o endereço da residência e os telefones e nomes dos parentes mais próximos.
Para o diagnóstico, o médico deve receber as informações sobre o comportamento do paciente nos últimos tempos. Daí, prescreverá exames com o objetivo de eliminar (ou confirmar) outras possíveis causas da desorientação do paciente. O exame de sangue verificará se falta vitamina B12, por exemplo. Uma ressonância tentará localizar algum tumor no cérebro. Verificado que não há nenhum desses problemas, passa-se aos testes cognitivos. Dessa forma, o médico conseguirá definir qual o tipo de demência que acomete o paciente, entre elas se é Alzheimer.

Para os interessados, o site da APAZ é http://www.apaz.org.br/

Na próxima semana, abordaremos como os familiares cuidadores devem proceder para não adoecer também.