Associada aposentada declara: "Existe muita vida depois do Serpro"

A mensagem da associada e empresária Conceição Almeida vem carregada de energia e otimismo. Ela, que tencionava se aposentar no ano 2000, mas só concretizou sua saída do Serpro em 2011, nunca parou suas atividades. Ainda no Serpro, cursou fonoaudiologia e quando saiu foi para começar uma nova profissão.

Conceição, conta um pouco sobre a sua carreira no Serpro
Conceição Almeida
: Eu entrei como digitadora, depois passei a analista, aí surgiu a oportunidade de ser chefe de setor e depois retornei à área de análise. Sempre trabalhei no Rio, alternando entre Lapa, Horto e Andaraí. Já pensava em me aposentar no início do ano 2000, mas fui ficando, ficando, e só saí mesmo com o APA, em 2011.

Explica pra gente esse lapso temporal. Já tinha a ver com sua decisão de voltar a estudar?
Conceição Almeida:
Tinha. Ainda trabalhando, eu comecei a cursar fono. Foi uma escolha motivada pelo meu irmão, que tinha uma alteração de fala, e eu me apaixonei pela profissão. Quando surgiu a chefia no Serpro, eu não quis sair. Então acabei a faculdade e fui fazer pós-graduação. Cursei três, uma na área de fono, outra em neurociências e a terceira em acupuntura - também sou terapeuta holística. Paralelamente eu já dava palestras e tinha alguns clientes em acupuntura, até por conta do estágio. Quando terminou tudo isso eu já tinha condições de comprar minha própria sala e montar o consultório. Foi o que fiz.

Então você emendou direto? Nem deu uma paradinha?
Conceição Almeida:
Isso mesmo. Em 2011 eu fui cuidar da abertura do consultório, da papelada toda, de fazer convênios. Em 2012 é que efetivamente comecei a atender, mais empresas e um pouco de acupuntura, e desde 2013 estou com pacientes de fono também. É um trabalho muito gratificante, eu adoro, e a família me incentiva porque vê que faço o que gosto e estou feliz com isto.

Você atende todos os grupos etários?
Conceição Almeida:
Sim, tenho desde clientes crianças a idosos. É muito bonito você ver os progressos, as conquistas... Não tenho vontade de parar não, mas também gosto de viajar, fazer trilha, desfilar em escola de samba, aproveitar. Há dois anos fiz um cruzeiro, ano passado fui para Foz do Iguaçu e agora em abril vou para Ilha Grande.

O que você gostaria de compartilhar com os associados da ASPAS?
Conceição Almeida:
Que existe vida após o Serpro, existe na verdade muita vida. Se aposentar não é ficar velho. Antigamente as pessoas paravam de trabalhar, colocavam um pijama e ficavam em casa. Hoje não, é bom ter uma atividade. Para mim a aposentadoria é um prêmio, e com ela vem a segunda parte: você ganha mais liberdade. Não é aquele compromisso "tenho que trabalhar, porque preciso do dinheiro para me sustentar, aquela obrigação estressante", não, isso já passou. Agora é mais prazer.