Medicamentos genéricos completam 11 anos ganhando mercado

Com preços em média 54,39% mais baixos que os medicamentos de referência, de acordo com o Procon-SP, os genéricos se afirmaram no mercado brasileiro e vem crescendo na preferência do consumidor ano a ano. A Lei 9.787/99 regulamenta esses medicamentos e os testes pelos quais os genéricos têm que passar para garantir sua eficácia.

Por que o preço é mais baixo?
Porque os fabricantes não precisam investir em pesquisa para seu desenvolvimento ou em propagandas e, como são produzidos a partir de fórmulas com patentes já expiradas, os direitos de patente também não entram no custo final dos genéricos. A implantação dos genéricos contribuiu ainda para reduzir os preços dos medicamentos "de marca", já que estes perderiam terreno com a entrada de mais concorrentes no mercado.

Testes para provar a eficácia dos produtos
Para entrar no mercado o genérico deve ser aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em testes de bioequivalência e biodisponibilidade, que atestam a semelhança entre as fórmulas do genérico e de sua referência e verificam o grau de absorção do princípio ativo, ou fármaco, pelo paciente.

Genéricos e Similares são diferentes
Mesmo antes da lei de 1999 já havia uma extensa variedade de medicamentos vendidos a preço mais baixo no país, com o mesmo princípio ativo dos remédios mais conhecidos, porém com uma marca comercial diferente, produzidos por laboratórios menores. São os similares, que existem até hoje, competindo com os genéricos. A diferença é que estes podem não ter sua bioequivalência comprovada, já que neste caso os testes não são obrigatórios, situação que deverá estar normatizada até 2014.