Às vésperas de completar 93 anos, fundador relembra a origem da ASPAS

Quem não conhece Iwanoy Cavalcante, um dos sócio-fundadores da ASPAS e atualmente conselheiro deliberativo? Ele nos brindou com uma simpática entrevista na qual relata com desembaraço o surgimento da Associação e fala um pouco da sua vida atual. No próximo dia 15 de maio, Iwanoy completa 93 anos e segue ativo, continua com o Pilates, o RPG e trabalhos voluntários.

ASPAS: Sr. Iwanoy, como nasceu a ASPAS? 
Iwanoy: Começamos mais ou menos em 1982, quando criamos um grupo de aposentados para tratar dos nossos interesses junto ao Serpros. Fomos nos agrupando  e conseguimos um bom número de pessoas. Nos reuníamos no saguão, porque não tínhamos uma sala. Fomos progredindo, progredindo e no final criamos o Núcleo de Aposentados, que também foi aumentando, ganhando prestígio e aí veio a necessidade de termos um nome jurídico, que tivesse força perante qualquer necessidade que houvesse.

ASPAS: Vocês tiveram muitas vitórias? 
Iwanoy: Ah, tivemos, desde a época do Núcleo. Uma em especial foi muito importante. Porque numa época - 1990 eu acho - houve um bom reajuste de salários, mas esse percentual não se aplicava aos aposentados. Começamos uma luta danada, falamos com os conselheiros, fizemos pressão de tudo que foi jeito e ao cabo de dois anos conseguimos estender esse beneficio.
Já com a personalidade jurídica, várias outras vitórias também. Por isso é muito importante termos a Associação, e o que se paga pra isso é muito pouco, 0,5% sobre a suplementação recebida do SERPROS.

ASPAS: Atualmente o senhor é conselheiro deliberativo da ASPAS?
Iwanoy: Sim, desde os tempos do núcleo eu venho participando ativamente da Associação, já fui da diretoria e dos conselhos. Ultimamente precisei me afastar um pouco por conta de uma intervenção cirúrgica, mas na próxima reunião devo estar presente novamente.

ASPAS: E como o senhor faz para, aos quase 93 anos, se manter assim, fluente e tão ativo? 
Iwanoy: Ah, continuo com meu pilates e faço também RPG, sem isso eu não aguentava. Além da ASPAS, sou muito frequentador da igreja católica que tem aqui perto de casa e pertenço a grupos de oração. Fazemos trabalho voluntário com a pastoral da família e do atendimento.

ASPAS: O senhor mora com a família? 
Iwanoy: Ainda moro sozinho. É verdade que minhas filhas moram perto e uma inclusive vem almoçar comigo todos os dias, e me faz muita companhia, assim como os bisnetos. Eu tive duas filhas, cada uma delas me deu um casal de netos e eles já me deram oito bisnetos, sete meninas e só um menino, por enquanto. São uma alegria.